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segunda-feira, 28 de março de 2011

Crítica

 
Convidada a fazer uma preleção sobre a crítica, a conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando pequeno fardo.
Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra de água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.
Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas. Logo após, apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e enfileirou-os com graça. Em seguida, colocou sobre a mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.
Depois, diante do assombro de todos, depositou em meio aos demais objetos uma pequenina lagartixa, num frasco de vidro. Só então se dirigiu ao público perguntando:
O que é que os senhores estão vendo?
E a assembléia respondeu, em vozes discordantes:
Um bicho!
Um lagarto horrível!
Uma larva!
Um pequeno monstro!
Esgotados breves momentos de expectativa, a expositora considerou:
Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos! Os senhores não enxergaram o forro de seda alva, que recobre a mesa. Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume. Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades. Não atentaram para o Novo Testamento, nem para a luz faiscante que acendi no início. Mas não passou despercebida, aos olhos da maioria, a diminuta lagartixa...
E, sorridente, concluiu sua exposição esclarecendo:
Nada mais tenho a dizer...
Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas e situações valorosas da vida.
Autor desconhecido

domingo, 27 de março de 2011

Historinha Grega

Um jovem pastor queria muito tornar-se discípulo de um dos grandes filósofos de Atenas, a cidade da sabedoria.
Quando soube do seu intento, o filósofo mandou um ajudante procurá-lo para propor-lhe uma difícil tarefa: durante três anos ele seria obrigado a não expressar as suas emoções negativa. Ao fazer isso, devia olhar para o que ocorria dentro de si. Além disso, devia dar três moedas a cada pessoa que o ofendesse.
Durante esse tempo, o pastor cumpriu sua tarefa: a cada inveja, a cada raiva ou angústia, fechava a boca e olhava para seu mundo interno, cada vez mais consciente do seu caldeirão.
Aos poucos, aprendeu a nao se identificar com o que era dito, a conhecer melhor seus mecanismos emocionais e a rir de si mesmo. Ao mesmo tempo, não se esquecia de dar as três moedas a quem o xingasse e o ofendesse.
No fim do período, arrumou suas coisas e partiu rumo à cidade da filosofia. Ao passar pela entrada, um mendigo, na verdade, o filósofo disfarçado, começou a xingá-lo: "Idiota, pastor de cabras ignorante e pretensioso, onde pensas que vais!  Esta cidade é só para quem atingiu a sabedoria, e não para alguém imprestável como tu!" O jovem caiu na gargalhada e disse: "Até há alguns dias eu era obrigado a pagar a quem me ofendesse. Agora que estou livre desse compromisso, que maravilha, posso receber seus xingamentos inteiramente de graça..." O filósofo aprumou-se, sorriu e disse: "Pode entrar, meu rapaz. Atenas é sua!"

(autor desconhecido)

domingo, 20 de março de 2011

Sentir...

Sentir seu beijo...
É sentir o gosto doce
Do mel
É me entregar de corpo e alma
E sentir-me entre
As estrelas do céu
Sentir seu abraço...
É sentir o calor
Do seu corpo
Como se fosse uma lareira
Me esquentando
Em dias frios de inverno
E sentir também
As batidas do seu coração
Sentir suas mãos...
É como sentir
A confiança de uma criança
Que está começando
A dar os primeiros passos
Segurando a mão
De seu pai
Sentir seu olhar...
É ficar deslumbrada
Com seu brilho
E ser guiada
Por duas lindas estrelas
Brilhantes no céu
Que iluminam a noite
Sentindo-me segura e guiada
Sentir seu corpo...
É como sentir
A quentura de uma chama
Ardente de desejos e emoções
A qual me entrego sem medo
Porque encontrei
O verdadeiro amor.

sábado, 19 de março de 2011

Diante da Dor

Diante da dor
Eu não sabia como agir
Achava que ela tinha
Poder absoluto sobre mim
Depois percebi
Que eu dava poder absoluto
Pra ela
Percebi que sou dona
Da minha dor
E tenho poder absoluto
Sobre ela
Diante da dor
Eu tentava expulsá-la
Da minha vida
Quanto mais tentava
Mais ela fazia parte de mim
Mais eu a temia
Depois percebi
Que deixá-la e senti-la
Por inteiro
Era uma forma de mostrar
Que não tenho medo dela
Ela percebia
A minha falta de medo
E ia tímida embora...
Era o meu medo
Que a alimentava
Para sair da dor
O melhor caminho
É o da serenidade
E a coragem de enfrentá-la
Sentindo a sua manisfestação
Sem bater de frente
Aceitando-a
Assim ela vai embora
Em boa hora!

Amor x Medo

Tanto tempo sofrendo
Pensando que não o tinha
Em meu coração
O sentimento do amor
Descobri que sempre tive
Só reprimia por causa do medo
Medo de ser rejeitada
Medo de ser enganada
Medo de não ser aceita
Medo de se aproveitarem
Do meu amor pra me destruir
E manipular...
Para me defender
Eu usei um escudo
O escudo do medo
Há muito tempo ele foi eficiente
Mas descobri com espanto
O medo nunca me protegeu
Na verdade ele foi um obstáculo
Da manifestação do amor
O medo se origina no orgulho
Orgulho traz todas as ilusões
Ilusões que afasta o amor
E a felicidade
Descobri que o amor
É o oposto do medo
Tantas vezes feri os outros
Por temê-las...
Tantas vezes deixei de ajudar alguém
Por ter medo...
O medo não pode ser arrancado
Mas posso aceitá-lo
E não mais ser dominada
E hipnotizada por ele...
Agora estou abrindo
O meu coração
Abrindo para o amor
E ao mesmo tempo
Libertando-me do medo.

(Cintia)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sombras

Estou acordando de um pesadelo
Muitos anos de sono profundo
Mergulhado em sombras
Não via nada, só escuridão
E olha que descobri
Era uma parte de mim
Parte que eu negava
Parte que eu temia
Compreendi que esta sombra
Não quer me assustar
Ela quer me mostrar
O caminho para a libertação
É só ter coragem e ir fundo
Ela me mostra o meu mundo interno
E me liberta do medo, da dor e do sofrimento
Que há tantos anos me sufoca
Mas é ela que me mostra a luz
Luz do amor e da felicidade
De um novo dia
Se eu aprender a conviver
E tirar proveito dela

(Cintia)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Os Raios dos Teus Olhos

A luz dos seus olhos iluminam-me
O fundo da minha alma
O seu olhar é penetrante
Come se fosse o raio gama
Um raio poderoso
Que penetra e passa
Por todos os obstáculos
E chega no meu coração
A cada dia que passa
Percebo que esse órgão
Precisa desse precioso raio
Urgente
Para suprir os meus desejos
E viver o amor
A luz dos teus olhos
Tem mais luz e beleza
Que os raios solares
Tem sentimentos importantes
E fundamentais que são
A paz, a calma, o respeito
Principalmente o mais importante
Do universo que é o amor...
A luz dos seus olhos
São atraentes como um imã
Que se junta, se atrai
Fica difícil de separar
É a única fonte
Que me inspira a escrever
A sentir, a viver
O amor que sinto por ti
É como se fosse uma
Bela canção
Que vibra em minha vida
Num momento de alegria e felicidade
São raros esses momentos
De prazer que tive e tenho
Mas você reacendeu
A chama adormecida...
O sol e o mar
São elementos naturais
Que mais lembram
O seu olhar
É a luz que ilumina a noite
A sombra e a escuridão
Substituindo a Lua e as Estrelas.

(Cintia)